Você já sentiu que há algo faltando, uma sensação de estar desconectado de si mesmo? Muitas vezes, essa busca por completude e autoconhecimento começa dentro de nós, mas está profundamente ligada às nossas raízes. A ancestralidade é mais do que histórias ou tradições familiares; ela é uma ponte para nos conhecermos, nos compreendermos e, acima de tudo, nos amarmos.
Pense nisso: dentro de cada célula do seu corpo há informações herdadas dos seus pais. Eles, por sua vez, herdaram dos pais deles, e assim por diante, formando uma corrente que conecta você a gerações inteiras. Não importa se você conhece ou não a história completa da sua família; o que seus ancestrais viveram – suas alegrias, dores e conquistas – vive em você de alguma forma. É como se você fosse uma árvore cujas raízes profundas estão fincadas na terra de onde veio.
Quando Rejeitamos Nossas Raízes, Rejeitamos a Nós Mesmos
Uma das coisas mais desafiadoras que percebo, tanto na minha vida quanto no trabalho terapêutico que faço, é o impacto de rejeitarmos nossos pais ou algum aspecto deles. Quando rejeitamos nosso pai ou nossa mãe – seja por mágoas, ressentimentos ou até por não concordar com quem eles são – estamos, na verdade, rejeitando uma parte de nós mesmos. E essa rejeição tem um preço.
Sabe aquela sensação de estar errado, de não se encaixar ou de não ser amado de verdade? Muitas vezes, ela está ligada a esse movimento interno de negação. Afinal, como podemos nos sentir completos e amados se estamos em guerra com partes que compõem quem somos?
Conectar-se com sua ancestralidade não significa aceitar tudo que veio antes de você sem questionar ou validar sentimentos difíceis. Mas é sobre acolher essas histórias, reconhecer que elas fazem parte do que te trouxe até aqui e transformar o que precisa ser transformado. Esse é um caminho poderoso para se amar de forma verdadeira e profunda.
E para Quem É Adotado?
Aqui vem uma questão importante: e quem não conhece os pais biológicos? Ou quem foi adotado e carrega sentimentos de exclusão, mesmo sem saber por quê? É muito comum que pessoas adotadas experimentem sentimentos de inadequação, rejeição ou até uma dificuldade maior em se sentir verdadeiramente pertencentes. Isso pode acontecer mesmo quando cresceram em lares cheios de amor.
A boa notícia é que esses padrões não precisam definir quem você é. Mesmo sem conhecer seus pais biológicos, é possível trabalhar essas questões, resgatar uma conexão interna com suas raízes e criar um senso de pertencimento que nasce dentro de você. A ancestralidade é um campo vasto e poderoso, e há caminhos que nos permitem acessar essa força, independentemente das circunstâncias.
No próximo texto, vou mergulhar mais fundo nesse tema, explorando como a adoção influencia nossa relação com a ancestralidade e como é possível transformar essa experiência.
O Primeiro Passo para o Amor Próprio
Reconhecer e acolher a nossa ancestralidade é o primeiro passo para nos conhecermos de verdade. Quando olhamos para nossas raízes – sem julgamento, com curiosidade e amor – começamos a nos sentir mais inteiros. E essa integração interna nos permite nos amar e nos conectar com o mundo de uma forma mais leve.
Se esse texto tocou algo dentro de você, te convido a refletir sobre sua relação com sua ancestralidade. Quais histórias seus pais contam? Quais mágoas ou padrões você sente que pode transformar? O caminho para o autoconhecimento está nas raízes que nos sustentam.
Se sentir que precisa de uma ajudinha para conseguir sair de alguns padrões, vem fazer uma sessão de Espiral Ancestral comigo que vai transformar tudo o que estiver pronto pra ser transformado para sua vida ser mais leve e até divertida!