Você já parou para pensar como sua relação com seus pais (biológicos ou adotivos) influencia sua vida? Esse tema é delicado e profundo e traz um convite à reflexão e à cura. Seja você uma pessoa adotada, criada por avós, padrastos, madrastas ou alguém que simplesmente sente uma conexão como se fossem seus pais, as histórias que vivemos com eles têm impacto direto na maneira como nos sentimos e nos enxergamos.
A Influência dos Pais Biológicos e Adotivos
A epigenética, uma ciência fascinante, já comprovou que as crianças “pegam” muito dos pais que as criam, mesmo que não compartilhem a mesma genética. Isso acontece porque os ambientes em que vivemos e as pessoas com quem convivemos por longos períodos influenciam profundamente nossa maneira de ser. A boa notícia é que quem tem pais biológicos e adotivos pode somar o melhor de cada um. É como se você tivesse mais fontes de aprendizado, talentos e virtudes para cultivar.
Por outro lado, essa influência não anula completamente a herança dos pais biológicos. Os traços genéticos e emocionais que você carrega deles continuam presentes em você. E é aqui que surge um ponto importante: negar ou rejeitar qualquer um desses pais – sejam os biológicos ou os adotivos – pode trazer consequências dolorosas, como baixa autoestima, sensação de não merecimento, dificuldade em criar relações saudáveis e até uma insegurança constante.
O Impacto de Sentir-se Não Amado
Você já ouviu aquela voz interna que diz: “Se nem meus pais me amam, como posso ser digno de amor?” Muitas vezes, esse sentimento está tão enraizado no inconsciente que nem percebemos o quanto ele nos afeta. Para muitas pessoas, especialmente as adotadas, esse pensamento pode surgir mesmo em lares cheios de amor e cuidado. As vezes ele não vem de forma tão clara, mas inconsciente e pode te deixar sentimentos incompreendidos que levam a reações e situações desconfortáveis.
O ponto-chave aqui é a diferença entre SER amado e SE SENTIR amado. O amor dos pais pode estar presente, mas se ele não é percebido, vivido e integrado, surge aquela sensação de vazio, de não pertencimento. E essa dor pode nos levar a padrões destrutivos, como se envolver em relações tóxicas, buscar aprovação a qualquer custo ou até se autossabotar.
Reescrevendo a História: O Papel do Amor e da Percepção
Para muitas pessoas adotadas ou que vivenciaram abandono, essa dor começa a se transformar quando conseguimos ver a história com outros olhos. Em muitos casos, a adoção é um ato de amor. Talvez sua mãe biológica acreditasse que outra família teria melhores condições de cuidar de você e te proporcionar o que ela achava necessário. Esse ato, muitas vezes distorcido pela dor, ainda carrega amor em sua essência.
Mesmo em situações onde acreditamos que aqueles pais realmente nem tem capacidade de amar ou de pensar o que seria melhor para aquela criança, a transformação acontece quando você consegue ressignificar essas experiências e perceber que, de alguma forma, sempre houve amor – mesmo que não da maneira que esperávamos. Essa mudança de percepção abre caminho para reconectar-se consigo mesmo, curar feridas e construir um novo senso de valor e pertencimento.
Transformando Padrões com a Espiral Ancestral
A boa notícia é que esses sentimentos não precisam ser definitivos. Há maneiras de transformar o que dói e de resgatar a autoestima e o amor próprio. A Espiral Ancestral é uma dessas ferramentas poderosas. Por meio dela, é possível acessar suas raízes – tanto biológicas quanto emocionais – e liberar os padrões que pesam, ao mesmo tempo em que você resgata a força, o amor e os aprendizados positivos que fazem parte de sua história.
Se você sente que há algo a ser transformado em sua relação com seus pais, biológicos ou adotivos, a Espiral Ancestral pode ser um primeiro passo nessa jornada de cura e reconexão.